Segundo levantamento do Banco Mundial, que compara 190 países, o Brasil continua sendo um dos Países mais morosos e burocráticos quando se trata de abrir empresas e, não só isso, mantê-las.

Segundo as mesmas fontes, em 2018 o Brasil subiu 16 posições, passando de 125º para 109º lugar no ranking na facilidade de fazer negócios. Foi o maior avanço no ranking nas economias dos países da América Latina.

Porém, apesar dessa melhora, continuamos na metade de baixo da tabela, atrás de países como Colômbia (65º) e Chile (56º lugar). Os principais motivos para essa melhora foram o crescimento dos ambientes de negócios online, principalmente na abertura e registros de novas empresas (Redesim).

Dentre os países que compõem o BRICS (grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil está na lanterna. O bloco é liderado por Rússia (31º) e seguido por China (46º), Índia (77º) e África do Sul (82º). A liderança continua com a Nova Zelândia, seguida por Cingapura, Dinamarca, Hong Kong e Coreia do Sul. Os Estados Unidos se mantiveram em 8º lugar.

O relatório anual conta com a colaboração da Albieri e Associados ao Banco Mundial e mede o impacto das leis e regulações e da burocracia no funcionamento das empresas. Podemos destacar entre os itens avaliados, o número de dias gastos na abertura de empresas, no pagamento de impostos, na obtenção de alvarás de construção, na conexão com a rede elétrica e no registro de uma propriedade, na obtenção de crédito e na execução de contratos e resolução de insolvência. O estudo identificou 314 reformas implementadas no último ano em 128 países para facilitação de negócios. De acordo com o Banco Mundial, essas mudanças possibilitam a criação de empregos e estimulam investimentos privados.

No Brasil, o relatório citou as mudanças introduzidas pela reforma trabalhista que foi aprovada pelo Congresso Nacional, a redução do tempo de abertura de empresas para 20,5 dias (em São Paulo, passou de 101 para menos de 7 dias) e maior facilidade na obtenção de crédito e no comércio internacional.

O Brasil continua sendo o país onde as empresas gastam mais tempo para calcular e pagar impostos: 1.958 horas por ano em média. Na Bolívia, são 1.025 horas por ano e na Argentina, por exemplo, o tempo médio é de 311,5 horas/ano.

Podemos destacar, ainda, mais algumas disfunções e pontos negativos que impedem um avanço maior, como a quantidade de impostos vigentes, o dispêndio ainda muito elevado do prazo para abertura e encerramento de empresas, as limitações de acesso online nas mais diferentes entidades e órgãos em todas as esferas, sem contar a quantidade de preenchimentos de requerimentos, formulários em papel em que cada Estado, Município ou órgão possui.

O projeto de empreender é bastante desafiador e através de processos simples, eficientes, mais ágeis e transparentes contribuem diretamente para aumento da produtividade e da renda no país. Existem alguns pontos que podem interferir diretamente nos resultados de uma empresa no caminho para seus objetivos. Podemos destacar o desperdício de recursos, não saber reter talentos e a excessiva burocracia. Saber lidar com esses problemas é fundamental para alavancar os resultados.

Em nossa próxima matéria falaremos um pouco sobre como contornar estes processos burocráticos no Brasil através de uma gestão estruturada do setor.

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